9h - 9h30: Recepção dos participantes
9:40 - 12h: Mesa 1 - Arte, pesquisa e dispositivos na criação imagética da paisagem
A paisagem composta como espaço crítico do começo do século XXI
Karina Dias (UnB-IdA)
Vídeo-paisagem: a medida, a imensidão
Antônio Fatorelli (ECO-UFRJ)
Modulações da imagem
<< Intervalo almoço
14h30 - 17h30: Conferência: A Paisagem Online e o Selfie, François Soulages (Paris 8 – Vincennes Saint-Denis)
9h - 9h30: Recepção dos participantes
9:40 - 12h: Mesa 1 - Arte, pesquisa e dispositivos na criação imagética da paisagem
A paisagem composta como espaço crítico do começo do século XXI
Karina Dias (UnB-IdA)
Vídeo-paisagem: a medida, a imensidão
Antônio Fatorelli (ECO-UFRJ)
Modulações da imagem
<< Intervalo almoço
14h30 - 17h30: Conferência: A Paisagem Online e o Selfie, François Soulages (Paris 8 – Vincennes Saint-Denis)
LOURENÇO CARDOSO
Lourenço Cardoso - Bacharel em Antropologia Social (UnB) e Mestre em Comunicação na linha de Imagem e Som (UnB). Dedica-se à pesquisa e produção fotográfica com ênfase no fotojornalismo e na fotografia documental. Foi professor substituto na Universidade de Brasília (UnB), professor adjunto da faculdade de Jornalismo da Universidade Paulista (UNIP), professor assistente na faculdade de fotografia e cinema do Instituto de Educação Superior de Brasilia (IESB) e atualmente leciona as disciplinas de fotojornalismo e fotografia publicitária no Centro Universitário de Brasília (Uniceub).
APRESENTAÇÃO:
Olhares múltiplos, paisagens fragmentadas e narrativas autorais: uma análise do prêmio Olhar Brasília de Fotografia
O prêmio Olhar Brasília de Fotografia, realizado no ano de 2019 e promovido pelo portal de notícias olharbrasilia.com, teve como intuito fomentar a produção de imagens que refletissem sobre a diversidade regional e paisagística que compõem a capital federal. Com o tema “A beleza de uma capital que se revela”, o concurso contou com pouco mais de 400 imagens inscritas que em conjunto nos levam para um sinuoso trajeto de significados e paisagens mutáveis. A partir da leitura e decodificação dos elementos escolhidos e representados pelos participantes, analiso o modo como estas distintas alegorias produzem múltiplos significados sobre a cidade e tecem uma rede de paisagens metafóricas sobre este território e seus lugares. Cenas foram emolduradas por olhares díspares, por personagens com percepções multifacetadas e que refletem a inconstância na tradução visual de uma localidade. São fotografias que vão da consolidação do olhar comum – muitas vezes aprisionado no conceito de cidade arquitetônica - a imagens que nos obrigam a vasculhar a consciência de seus autores para tatearmos possíveis sentidos.
PORTFÓLIO
Cidade inventadas
As imagens que foram inscritas para o prêmio “Olhar Brasília de Fotografia” tecem diferentes narrativas sobre esta cidade. Nesse ensaio procurei separá-las em conjuntos que foram categorizados pelos elementos representados nas cenas inscritas. Ao analisar esses conjuntos foi possível identificar alguns padrões visuais que remetem ao modo como a capital federal é percebida pelos personagens que a habitam e, de um modo mais específico, pelos personagens que participaram deste prêmio. O primeiro grupo de fotografias sinaliza a percepção de que a cidade é de certa forma pautada por suas características arquitetônicas, como um espaço urbano moderno que se sobressai aos demais elementos que compõem a urbe. No segundo conjunto de fotografias analisadas percebemos uma exaltação da natureza que compõem este lugar. Aqui é possível identificar a preponderância do uso de elementos naturais que ora emergem como rupturas ou mesmo como fissuras na paisagem urbana. O terceiro conjunto de fotografias é marcado pelas incongruências interpretativas de seus elementos e pela subjetividade de seus autores. Talvez este último seja o conjunto de maior complexidade e de difícil tato dentre os três analisados. Essa percepção se deve não pela capacidade que essas imagens possuem de narrar sobre a paisagem e o espaço de Brasília, mas pelo fato de inventarem uma outra cidade.